ANAIS :: ENAMA 2014
Resumo: 154-1


Poster (Painel)
154-1Diversidade microbiana e potencial biotecnológico de leveduras e fungos semelhantes a leveduras isoladas de Terra Preta Antropogênica e solo adjacente do Baixo e Médio Amazonas.
Autores:Cid, W.S. (ICET - Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia) ; Santos, A.O. (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; Guedes, K.T.M. (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; Schwan, R.F. (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; Silveira, F.F. (ICET - Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia) ; Mendonça, N.S. (ICET - Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia) ; Almeida, T.M.M. (ICET - Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia) ; Abegg, M.A (ICET - Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia)

Resumo

Leveduras são microrganismos importantes quando se considera seu potencial industrial e biotecnológico. Diversos ambientes podem proporcionar o isolamento de leveduras, dentre estes, o solo pode fornecer ampla gama de espécies. Ocorrente na Amazônia Brasileira, a Terra Preta Antropogênica (TPA), também conhecida popularmente como Terra Preta de Índio e internacionalmente como Amazonian Dark Earth, representa uma pequena parcela,provavelmente entre 0,1 a 0,3 % (15.500 – 20.700 km²) da área florestada da Amazônia. No entanto, este solo apresenta peculiaridades em comparação a outros tipos, pois tem evidências de modificações em sua estrutura física, química e biológica influenciadas significativamente por ação humana, principalmente no período pré–Colombiano.Em vista da potencial presença de microrganismos de interesse e buscando compreender a diversidade presente neste solo e em solos adjacentes,no presente trabalho, foram isoladas leveduras utilizando metodologias clássicas e ferramentas moleculares de uma amostra de TPA coletada na comunidade de Vila Amazônia, nas proximidades do município de Parintins – AM, região do Baixo Amazonas e de uma amostra de TPA coletada nas proximidades do município de Itacoatiara – AM, região do Médio Amazonas e respectivos solos adjacentes. As amostras foram transportadas sob refrigeração e processadas no Laboratório de Diversidade e Motilidade Microbiana do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET) da Universidade Federal do Amazonas.Inicialmente, as amostras foram inoculadasem caldoextrato de levedura-malte acidificado (YM acidificado)por 24 horas a 27 °C, em agitação. Seguiu-se então diluição (10-3)e espalhamento em superfícieem ágar YM acidificado e ágarcloranfenicol-diclorana-rosa bengala (DRBC). Um total de 152 cepas leveduriformes foram isoladas. Dentre essas cepas, foram escolhidas 60, em razão de diferenças macro e micromorfológicas para testes de triagem para produção enzimática. Sete isolados (11,6%) testados apresentaram atividade de gelatinase e 5 (8,3%) cepas produziramcaseinase após 3 dias de incubação. Para a taxonomia molecular, as amostras de solo foram transportadas para o Laboratório de Biologia Molecular da Universidade Federal de Lavras – MG, o DNA foi extraído utilizando Power Soil® DNA IsolationKit, amplificado por PCR utilizando iniciadorespara eucariotos (YM 951 – NS3) e para procariotos(968f – 1401r), sendo os produtos de amplificação aplicados à técnica de Eletroforese em Gel de Gradiente Desnaturante (DGGE). Até o momento, por esta técnica, está em análise a amostra de TPA de Parintins – AM. Para esta, obteve-se 63 bandas para procariotos e 33 para eucariotos. Na sequência, as bandas foram excisadas do gel, o DNA foi reamplificado, purificado e enviado para sequenciamento. Os testes de triagem de atividades enzimáticas e a análise dos resultados de sequenciamento encontram-se em andamento.


Palavras-chave:  DGGE, Leveduras, Terra Preta Antropogênica